segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Após derrota, Tasso anuncia que não disputará mais eleições

Depois de ser derrotado nas urnas pela primeira vez em 24 anos, o senador Tasso Jereissati (PSDB) disse nesta segunda-feira (4), em Fortaleza, que não mais disputará cargos eletivos. "Vou cuidar dos meus netos. Levar uma vida tranquila", afirmou.

Antes, disse que seu último ato será fazer de tudo para que o tucano José Serra vença as eleições presidenciais. Tasso convocou a imprensa para uma coletiva em seu escritório no final da tarde.

"Vou trabalhar pelo Serra", afirmou Tasso. De acordo com ele, no primeiro turno prevaleceu a força da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou levando a ministra Dilma Rousseff (PT) para o segundo turno.

"Na verdade, quem teve votação expressiva aqui no Ceará foi o presidente Lula. A ministra Dilma não participou da eleição", analisou.

Segundo ele, agora no segundo turno é preciso mostrar candidato a candidato. "Acredito que a candidata Dilma, na medida em que as eleições forem chegando, a sua fraqueza do ponto de vista de campanha vai se demonstrando. Quando ela se descola do Lula, ela aparece como ela é. E ela não tem a menor condição de governo e nem psicológica", disse Tasso.

Apoio de Marina Silva

Tasso fez críticas ao PT, afirmando que "a base das eleições do governo tanto no Brasil como no Ceará é a cooptação". Segundo ele, a política no Brasil foi "degradada" e "acanalhada" no governo petista.

"Se perderam os valores. Se você não é amigo é inimigo a ser exterminado. É essa a filosofia. Isso está na entranha. Não adianta vir com discurso bonito. É da essência do próprio sistema", condenou.

Para Tasso, a senadora Marina Silva (PV) não comunga esse tipo de postura e por isso estará mais propensa a se aliar a José Serra no segundo turno.

"A Marina tem muito a ver conosco neste sentido. Eu conheço muito bem a Marina. Ela foi minha colega de Senado. Ela tem horror a esse sistema que está aí e tem tudo a ver conosco nessas eleições. Então, por essa afinidade eu tenho uma expectativa muito grande que ela venha nos apoiar", argumentou.

(Fonte: G1)

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