quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


O que estão falando sobre o Haiti.

Estamos retornando a escrever artigos nesse blog. A nossa análise de hoje se reportará sobre o que a imprensa e os “pseudointelectuais” estão falando sobre o caos no Haiti. Para começar, falaremos do rei da besteira, uma espécie de Lula castelhano, o ditador Hugo Chávez, da Venezuela. Para esse cidadão, o colapso do Haiti é “conseqüência dos testes da marinha americana que provocaram o terremoto”. Eu me pergunto: será que na Venezuela não tem uma faculdade de sismologia para apresentar ao ditador os efeitos das placas tectônicas? É bem provável que ele invista mais dinheiro no terrorismo internacional do que no seu sistema educacional. Todavia é fácil de explicar esse argumento de Chávez. Seu governo é incompetente, não consegue distribuir a riqueza produzida pelo petróleo e por isso sempre tenta colocar culpa nos outros. Como só tem este argumento, ele sempre menciona a culpa dos americanos.

A revista Economist em seu editorial prega uma solução para o problema do Haiti: uma intervenção, gerenciada pela ONU tendo como comandantes Bill Cliton ou Lula. Só relembrando que quando Lula da pitaco em outros países coisa boa não sai. Devido à ajuda ao bigodudo ex-presidente de Honduras, o governo brasileiro inflamou uma guerra civil neste país e desrespeitou os princípios constitucionais e a soberania de um país ao abrigar um criminoso na embaixada brasileira.

José Flávio Sombra Saraiva é professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e também colocou no papel seu pensamento sobre o Haiti. Todavia acho que na escrita do seu texto faltou luz na penumbra de suas idéias. Segundo Saraiva o “Haiti é o novo palco para a exibição dos interesses e das quedas de braço do sistema internacional”. Mas como assim? Pelo que eu saiba, as grandes potências travam batalhas quando disputam áreas comerciais que possam enriquecer suas indústrias, aumentar o seu PIB e aquecer seu comércio internacional. O que as grandes potências ganhariam no Haiti? Nada. O Haiti é um país estigmatizado pela pobreza e pela miséria. Interessa mais às grandes potências disputar territórios lucrativos ou importantes militarmente.

Em outro momento de “inspiração” o professor debate que “silenciou-se repentinamente o discurso monocórdio do combate irracional e linear ao chamado terrorismo internacional (...)ouvem-se discursos de desdobrada atenção ao drama do Haiti.” A tragédia que houve no Haiti requer realmente atenção do mundo e da solidariedade das nações, mas isso não implica que devido o fenômeno ocorrido no Haiti haja uma interrupção na política contra o terrorismo internacional. O discurso contra o terrorismo não é algo irracional, pelo contrário, são políticas importantes para a segurança das pessoas. Os planos de erradicação ao terrorismo não devem ser colocados de lado em momento algum, pois sempre que um terrorista tem oportunidade de fazer o mal, ele faz.

Para finalizar, nosso amigo menciona que “O Brasil em seu esforço de governo(...)vem sendo apenas discretamente reconhecido”. O momento agora é de trabalho, não de palmas das costas dos líderes brasileiros. O Brasil tem seu reconhecimento sim, todavia não pode arrumar a casa sozinho e sabe que precisa de ajuda. Querer brigar com os EUA por causa da atuação humanitária no Haiti é, no mínimo, um gesto orgulhoso. Não podemos desprezar a ajuda americana. Ao contrário de Chávez, acho que a culpa não foi deles, e como maior potência do mundo não se pode desprezar a ajuda de $165 milhões de dólares já oferecidos pelos EUA, que em pouco tempo levantaram mais dinheiro do que qualquer nação do mundo para ajudar o Haiti. O governo brasileiro tem que seguir o exemplo de Zilda Arns: ajudar os outros sem a necessidade de que os mesmos se ajoelhem para agradecer.