Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que cerca de R$ 5,89 bilhões deveriam ser direcionados para a solução dos problemas nas rodovias federais que passam pelo Ceará. Divulgado no dia 24 deste mês, o estudo aponta que, desse montante, R$ 5,59 bilhões, ou quase 95%, deveriam ser destinados para serviços de recuperação, adequação e duplicação das estradas, enquanto R$ 268,13 milhões na pavimentação e construção de novos trechos e outros R$ 35 milhões para as chamadas obras de arte, termo utilizado pela engenharia para designar estruturas como pontes ou viadutos.
Para chegar a esses valores, explica o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Alvares da Silva Campos Neto, o órgão se baseou em documentos oficiais como o próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), elaborado pelo Ministério dos Transportes; as pesquisas rodoviárias feitas pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) e entrevistas com agentes do setor.
Segundo o Ipea, necessitam de recuperação, adequação ou duplicação, no Estado, três trechos da BR-020, cinco trechos da BR-116, um na BR-122, outros sete na BR-222 e um trecho cada nas BRs 230 e 304, acrescentando ainda a ampliação do acesso rodoviário ao Porto do Mucuripe, em Fortaleza. Já três trechos na BR-226 precisam de pavimentação e outro de construção, assim como um trecho da BR-230 terá de ser construído. Deverá ser adicionado também a essa conta, a adequação da ponte sobre o rio Jaguaribe na BR-304. Intitulado "Rodovias brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro", o documento aponta que, no País, são R$ 183,5 bilhões que precisarão ser investidos para melhorar as condições da rodovias federais. Além de R$ 5,75 bilhões em manutenção de trechos, incluídos no Plano Plurianual de investimentos (PPA) do governo federal, e mais R$ 14,65 bilhões em rodovias estaduais.
Transporte mais caro
Na avaliação do Ipea, a importância do levantamento fica evidente quando se leva em consideração que, de acordo com a CNT, 61% das cargas transportadas nacionalmente são deslocadas através das rodovias e que o custo do transporte de carga pela mesmas, no Brasil, é, em média, 28% mais caro do que seria caso as estradas apresentassem condições ideais de pavimento. Neste ranking a região mais prejudicada é a Norte - com aumento de 40,6% nos custos de frete -, seguida pela região Nordeste (33,1%), enquanto a menos afetada é a região Sul, que alcança o patamar de 19,3% de aumento nos custos de frete. De fato, segundo a Pesquisa Rodoviária 2009, da CNT, dos 89.552 quilômetros avaliados pelo órgão em todo o País, a grande maioria, 45%, encontram-se em estado regular, enquanto 31% em estado bom ou ótimo e 24% em condições ruim ou péssima. No Ceará, nos cerca de 3.300 quilômetros avaliados, entre rodovias estaduais e federais, a maior parte (45,5%), também está em estado regular, 23,3% classificados como ruim, 13,3% como péssimo, 11,9% como bom e somente 5,9% como ótimo. Levando-se em conta apenas as estradas federais, das 10 BRs pesquisadas, oito estão em estado regular e duas em condições ruins.
CONTRAPONTO
Obras estão em constante evolução, afirma Dnit
Na avaliação do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte no Ceará (Dnit), Guedes Neto, o Estado vive um momento "único" em termos de investimentos nas rodovias federais que cortam o Estado, a despeito dos resultados apresentados pelo levantamento do Ipea ou ainda da Pesquisa Rodoviária 2009 da CNT. "As obras no Ceará estão em constate evolução. A situação, se comparada com a época do levantamento, agora é outra. Bem mais confortável, pois estamos em obras e na perspectiva de iniciar outras ", fala.
O contraponto, destaca Guedes Neto, fica por conta do início de importantes obras identificadas no Ceará, como a duplicação do anel viário, orçada em R$ 188 milhões; e do trecho da BR-222 situado entre Caucaia e Pecém, calculado em R$ 76 milhões. "Estamos também iniciando a restauração do trecho da BR-222 entre Itapajé e Patos, assim como estamos em licitação de outros dois trechos nessa mesma rodovia -Aracati/ Itapagé e Patos/Sobral", destaca.
(Fonte: Diário do Nordeste)
Para chegar a esses valores, explica o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Alvares da Silva Campos Neto, o órgão se baseou em documentos oficiais como o próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), elaborado pelo Ministério dos Transportes; as pesquisas rodoviárias feitas pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) e entrevistas com agentes do setor.
Segundo o Ipea, necessitam de recuperação, adequação ou duplicação, no Estado, três trechos da BR-020, cinco trechos da BR-116, um na BR-122, outros sete na BR-222 e um trecho cada nas BRs 230 e 304, acrescentando ainda a ampliação do acesso rodoviário ao Porto do Mucuripe, em Fortaleza. Já três trechos na BR-226 precisam de pavimentação e outro de construção, assim como um trecho da BR-230 terá de ser construído. Deverá ser adicionado também a essa conta, a adequação da ponte sobre o rio Jaguaribe na BR-304. Intitulado "Rodovias brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro", o documento aponta que, no País, são R$ 183,5 bilhões que precisarão ser investidos para melhorar as condições da rodovias federais. Além de R$ 5,75 bilhões em manutenção de trechos, incluídos no Plano Plurianual de investimentos (PPA) do governo federal, e mais R$ 14,65 bilhões em rodovias estaduais.
Transporte mais caro
Na avaliação do Ipea, a importância do levantamento fica evidente quando se leva em consideração que, de acordo com a CNT, 61% das cargas transportadas nacionalmente são deslocadas através das rodovias e que o custo do transporte de carga pela mesmas, no Brasil, é, em média, 28% mais caro do que seria caso as estradas apresentassem condições ideais de pavimento. Neste ranking a região mais prejudicada é a Norte - com aumento de 40,6% nos custos de frete -, seguida pela região Nordeste (33,1%), enquanto a menos afetada é a região Sul, que alcança o patamar de 19,3% de aumento nos custos de frete. De fato, segundo a Pesquisa Rodoviária 2009, da CNT, dos 89.552 quilômetros avaliados pelo órgão em todo o País, a grande maioria, 45%, encontram-se em estado regular, enquanto 31% em estado bom ou ótimo e 24% em condições ruim ou péssima. No Ceará, nos cerca de 3.300 quilômetros avaliados, entre rodovias estaduais e federais, a maior parte (45,5%), também está em estado regular, 23,3% classificados como ruim, 13,3% como péssimo, 11,9% como bom e somente 5,9% como ótimo. Levando-se em conta apenas as estradas federais, das 10 BRs pesquisadas, oito estão em estado regular e duas em condições ruins.
CONTRAPONTO
Obras estão em constante evolução, afirma Dnit
Na avaliação do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte no Ceará (Dnit), Guedes Neto, o Estado vive um momento "único" em termos de investimentos nas rodovias federais que cortam o Estado, a despeito dos resultados apresentados pelo levantamento do Ipea ou ainda da Pesquisa Rodoviária 2009 da CNT. "As obras no Ceará estão em constate evolução. A situação, se comparada com a época do levantamento, agora é outra. Bem mais confortável, pois estamos em obras e na perspectiva de iniciar outras ", fala.
O contraponto, destaca Guedes Neto, fica por conta do início de importantes obras identificadas no Ceará, como a duplicação do anel viário, orçada em R$ 188 milhões; e do trecho da BR-222 situado entre Caucaia e Pecém, calculado em R$ 76 milhões. "Estamos também iniciando a restauração do trecho da BR-222 entre Itapajé e Patos, assim como estamos em licitação de outros dois trechos nessa mesma rodovia -Aracati/ Itapagé e Patos/Sobral", destaca.
(Fonte: Diário do Nordeste)
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