quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ceará termina implantação do 'Cinturão Digital'

O projeto "Cinturão Digital" passará por Canindé já na primeira fase

Quase um ano depois do prazo inicialmente previsto, finalmente ficou pronto, em 30 de setembro, o ‘Cinturão digital’ do Ceará. O projeto, que envolve quase metade do território cearense com 3.020 km de fibra ótica começa a ser ativado em novembro e vai levar internet em banda larga ao interior do estado.


De acordo com o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Fernando Carvalho, responsável pela iniciativa, o trecho formado pela ligação entre os municípios de Fortaleza, Pecém, Canindé, Itapajé, Itapipoca e Sobral será o primeiro a ser iluminado. Os pontos “deverão estar ativados e funcionando no próximo dia 30”, afirmou ao jornal “O Povo”.

Quinze dias depois, será a vez da ligação entre a capital e Juazeiro do Norte. A partir dessa infraestrutura, 25 pontos serão conectados por meio de ramificações de fibras. A terceira parte é a “última milha” wireless [sem fio] em 56 cidades, com tecnologia WiMAX. Antenas serão instaladas em torres da Companhia de Energia Elétrica do Ceará (Coelce), da Petrobras e da Companhia Energética do São Francisco (Chesf). No fim de novembro, todo o anel deve estar iluminado.

Os investimentos no projeto totalizam R$ 65 milhões. Com a economia proporcionada pela digitalização, o governo deve recuperar o investimento em dois anos. Em agosto, a Etice recebeu licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) para operar o “Cinturão digital” do Ceará.

O objetivo do programa é levar internet em banda larga para prefeituras e órgãos públicos do interior do estado, além de melhorar a infraestrutura de acesso da população e fomentar a concorrência no setor. O plano prevê beneficiar 82% da população urbana cearense e 25 cidades.

O programa não prevê a abertura do sinal para a população, mas deve baratear o custo na iniciativa privada. Segundo o governo cearense, em 2009, apenas cinco municípios tinham internet com ao menos 512 Kbps. E o custo, altíssimo. Em Guramiranga, no interior do estado, por exemplo, 1 Mbps pode chegar a custar R$ 1.800. A promessa governamental é oferecer conexão de até 30 Mbps ao mercado por meio de uma empresa pública a ser criada.

(Fonte: Guia das Cidades Digitais)

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