Ontem era o último dia do prazo estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a entrega das prestações de contas de campanhas encerradas no primeiro turno - exatamente um mês depois do término da disputa.
A prestação de contas do comitê financeiro de Marcos Cals apresentou arrecadação de R$ 12,8 milhões. A descrição feita ao TSE mostra que o senador não-reeleito Tasso Jereissati (PSDB) foi o grande financiador da campanha de Cals.
Além dos R$ 917 mil oriundos do comitê de campanha para o Senado do PSDB cearense, Tasso desembolsou, enquanto pessoa física, R$ 1 milhão. Sua esposa, Renata Jereissati, entrou com mais que isso: R$ 1,7 milhão. Empresas da família Jereissati, como o shopping Iguatemi e o Jereissati Centros Comerciais S/A, também deram sua parcela de contribuição, com cerca de R$ 700 mil.
Partido como fonte
Os gastos declarados por Lúcio ao TSE coincidiram com o valor arrecadado.
O candidato a vice da vez, Cláudio Vale (PPS), entrou com R$ 50 mil, enquanto o postulante a senador pela coligação de Lúcio, Alexandre Pereira (PPS), doou apenas um cheque de R$ 4,2 mil.
Grandes empresas e também um banco rechearam a campanha de Lúcio: o Itaú Unibanco S/A entrou com R$ 100 mil na campanha do PR. Mas a doação maior à candidatura de candidato do PR foi da M Dias Branco S/A Indústria e Comércio de Alimentos, que reservou
O governador reeleito Cid Gomes (PSB), arrecadou e gastou quase o dobro da soma das receitas de seus dois principais adversários nessas eleições, Marcos Cals (PSDB) e Lúcio Alcântara (PR). O comitê financeiro da campanha de Cid conseguiu o montante de R$ 28,9 milhões. Juntos, Cals e Lúcio receberam “apenas” R$ 15,9 milhões em ajudas para suas respectivas candidaturas de oposição.
Além do diretório estadual do PSB, que entrou com a quantia de R$ 12 milhões, Cid acumulou doações de até R$ 1,7 milhão, como a feita pela Aço Cearense Industrial. A empresa JBS também foi generosa ao enviar R$ 1,5 milhão para a campanha de reeleição. Ao todo, 95 empresas reforçaram os cofres da campanha de Cid - sem contar doações de pessoas físicas.
Assim como Cid, a principal fonte de receitas da campanha de Lúcio foi o diretório estadual do partido, que desembolsou mais de R$ 1,3 milhão para a campanha. Ele, que arrecadou no totalR$ 3,1 milhões, recebeu ainda R$ 696 mil do empresário Beto Studart – candidato a vice de Lúcio na disputa pelo Governo em 2006.
R$ 200 mil para Lúcio. (colaborou Ranne Almeida)
NÚMEROS
28,9
MILHÕES DE REAIS FOI O VALOR ARRECADADO PELA CAMPANHA DE CID
12,8
MILHÕES DE REAIS FOI A ARRECADAÇÃO DE MARCOS CALS
7,7
MILHÕES DE REAIS FOI O CUSTO DA CAMPANHA DE EUNÍCIO OLIVEIRA
6,9
MILHÕES DE REAIS FOI O VALOR DA CAMPANHA DE TASSO JEREISSATI
E-Mais
EM 4 ANOS, GASTOS 140% MAIORES
Em 2006, Cid Gomes (PSB) declarou ter arrecadado e gasto em sua primeira disputa ao Governo R$ 12 milhões. Sua campanha à reeleição agora custou 140% a mais do que a de quatro anos atrás.
Em contrapartida, Lúcio Alcântara (ex-PSDB, hoje no PR), que então disputava a reeleição, gastou agora muito menos do que em 2006. Naquele ano, ele declarou custos de R$ 19,8 milhões, contra R$ 3,1 milhões deste ano - valor que representa 15,6% do arrecadado na época.
(Fonte: O POVO)
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