terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Campanha expõe atraso salarial de Canindé e outras 32 prefeituras a médicos

O Sindicato dos Médicos lançou no mês passado a campanha intitulada “Devedômetro”, tendo como objetivo, divulgar, mensalmente, uma lista das prefeituras e entidades privadas que atrasam ou “praticam calote no pagamento do trabalho médico”. Conforme o Sindicato, os próprios médicos prejudicados estão realizando as denúncias.
Após recebê-las [as denúncias], o Sindicato percorre, de forma itinerante, os municípios cearenses, visitando unidades de saúde pública e privadas, para confirmar a situação e tentar a resolução. Somente após a confirmação da denúncia e de insucesso na tentativa de resolução administrativa da situação é que são tomadas as medidas jurídicas cabíveis para assegurar o respeito ao trabalho médico e feita a divulgação dos ‘maus pagadores e devedores’ pelas redes sociais oficiais e portal do Sindicato dos Médicos”, pontuou o órgão.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Mayra Pinheiro, a campanha surgiu após uma grande demanda de denúncias. “É revoltante constatarmos todos os dias que centenas de médicos que dedicam seu tempo, sua energia e seus conhecimentos para salvar vidas possam ser enganados e caloteados em diversas localidades do estado do Ceará. Nenhum profissional deve trabalhar sem receber o fruto sagrado do seu suor. O médico também não”, destacou.
Ainda segundo Mayra, “o Sindicato dos Médicos torna público e expõe para a população os nomes das cidades e unidades que desrespeitam o trabalho médico, e que são responsáveis pelo desestímulo que faz com que os profissionais se recusem a atuar em muitas localidades”. Ela lembra que, devido ao atraso, os profissionais da área da saúde acabam migrando para outros centros, deixando o interior muitas vezes desassistidos.
Somos acusados de não querermos exercer nosso trabalho no interior do estado, porém não é dito a população, em que condições o médico trabalha nestas localidades, nem o desrespeito profissional, o constrangimento e assédio por que passamos frequentemente”, concluiu. Os profissionais anseiam que, com o início da campanha e a divulgação das prefeituras devedores, alguns gestores se mobilizem para quitar as dívidas.

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